Futebol Soccer

(Página sem titulo)

TUDO SOBRE FUTEBOL

CHUTEIRAS ZIKAS

CHUTEIRAS ANTIGAS

PELÉ-O REI DO FUTEBOL

RONALDINHO GAÚCHO-O CRAQUE

RONALDO

ZICO-SUAS CONQUISTAS INÉDITAS

(Página sem titulo)

MESSI

Lampard

Mario Barwuah Balotelli

Aloisio

Contactos


Total de visitas: 1430
 
(Página sem titulo)

 

 

Diego Armando Maradona (Lanús30 de outubro de 1960) é um treinador e ex-futebolista argentino que atuava como meia ouatacante.

Maradona é amplamente considerado um dos maiores, mais famosos e mais polêmicos jogadores do século XX.1 Reunia inteligência, vontade e talento, com dribles, habilidade para mudar drasticamente sua velocidade e dar giros surpreendentes.2 . Enquanto jogador, Maradona foi reverenciado como uma divindade em seu país natal, sendo criada inclusive uma igreja dedicada a ele.3

Seu maior momento foi na Copa do Mundo de 1986, que na opinião popular foi ganha inteiramente por El Pibe de Oro,1 outra de suas muitas alcunhas. Internacionalmente, Maradona também consagrou-se como herói da equipe italiana do Napoli, um clube que, embora tradicional, estava entre os pequenos do país. Com El Diez, o Napoli viveu momentos de glória no final da década de 1980, ganhando seus dois únicos títulos no campeonato italiano e lutando de igual para igual com as maiores equipes do país.

A carreira de Maradona, porém, foi cercada de controvérsias, que não se limitaram aos gramados. As maiores delas foram relacionadas ao seu envolvimento com drogas, um vício que acabou por arruiná-lo nos gramados e que por algum tempo o deformou fisicamente. Teve também dois filhos fora do casamento que não reconheceu como seus.4 E rotineiramente faz declarações contra os bastidores da FIFA,5 6 principalmente aos dirigentes João HavelangeSepp BlatterMichel PlatiniFranz Beckenbauer, além dePelé,6 e também tem um histórico de atritos com imprensas, incluindo a de seu próprio país.5 7

Aos nove anos, seu talento com a bola já o fazia ser a criança mais popular da favela em que morava, no subúrbio de Buenos Aires.1 Um colega havia sido aprovado em um teste para as categorias de base do Argentinos Juniors, e respondeu aos elogios do treinador dizendo que conhecia um garoto ainda melhor. O treinador, Francis Cornejo, deu-lhe então dez pesos para que pedisse a esse outro jovem para ir vê-lo. Cornejo e outros observadores do clube, incrédulos com o que viram no outro menino, foram acompanhá-lo na volta até a casa deste e, pedindo à mãe dele, conferiram sua documentação para desfazer qualquer engano plausível. Viram que Maradona realmente tinha apenas nove anos de idade.8

Os pais foram então convencidos a colocar Maradona no Argentinos, clube pequeno da capital, mas famoso pelo bom trabalho que desenvolvia com as categorias de base. Com quinze anos, disputava partidas preliminares, já atraindo multidões. Quando finalmente foi lançado entre os profissionais, não saiu mais.1 Demonstrava um repertório completo certeiro com a sua mágica perna esquerda: lançamentos, passes, dribles curtos, chutes certeiros de curta e longa distância, cobranças de falta e escanteios. Aos dezessete anos, recebeu a primeira convocação para aSeleção Argentina, da qual foi polemicamente cortado na Copa do Mundo de 1978.

1978 também significaria o ano em que foi pela primeira vez artilheiro docampeonato argentino. Em 1979, seria artilheiro tanto do campeonato argentino quanto do campeonato metropolitano, torneio que reunia os clubes da Grande Buenos Aires e que era na época considerado mais importante até do que o campeonato nacional.9 Naquele ano, seria eleito pela primeira vez o melhor jogador sul-americano.1


Franz Beckenbauer, com o uniforme do New York Cosmos, posando ao lado do jovem Diego Maradona em 1980.

A dose repetiu-se em 1980: Maradona foi artilheiro dos dois campeonatos 9 e eleito outra vez o melhor jogador daAmérica do Sul,1 com o adicional de ter levado o Argentinos Juniors ao vice-campeonato nacional, melhor resultado do clube até então.9 O Boca Juniors, que não conseguia títulos argentinos desde 1976, resolveu ir atrás dele, no que era a realização de um sonho para o jogador: Maradona sempre fora um torcedor xeneize fanático. Jamais seria esquecido, todavia, na equipe que o revelou: o Argentinos renomearia seu campo para Estádio Diego Armando Maradona.

Boca Juniors[editar]


Maradona saudando a torcida boquense na Bombonera.

E foi em um amistoso contra o Argentinos que Maradona fez sua estreia pelo Boca, marcando de pênalti, atuando pelos dois times. Parte da concordância do Argentinos em emprestá-lo10 estava em uma cláusula do contrato de venda em que proibia que Diego enfrentasse a antiga equipe em jogos oficiais.11 Dois dias depois, atraiu 65 mil pessoas à Bombonera para vê-lo marcar duas vezes em vitória por 4–1 na primeira partida oficial, contra oTalleres de Córdoba. Amistosos, todavia, seriam continuamente disputados paralelamente às disputas do metropolitano, servindo para arrecadar finanças ao clube e gerando também uma Diegomania. Em dois deles, enfrentou dois adversários que lhes seriam comuns: o Milan, em San Siro (vitória por 2–1) eZico, contra o Flamengo, no Maracanã (derrota por 0–2).10

Naquele ano de 1981, com o Boca, Maradona fez grande dupla com Miguel Ángel Brindisi, com os dois marcando juntos 33 dos 60 gols que reconduziram o time ao título metropolitano - a primeira conquista do clube auriazul em cinco anos.10 Maradona também marca em seu primeiro Boca x River, em um 3–0 listado entre as dez inesquecíveis vitórias do Boca em Superclásicos pela enciclopédia do centenário do clube;12 ele fez o último gol, deslocando o goleiro Ubaldo Fillol e completando para as redes antes que Alberto Tarantini conseguisse bloquear seu ângulo.10

Contra o grande rival, marcaria em todos os clássicos disputados em 1981. O segundo deles, empatado em 1–1, foi de forma similar: tirando Fillol da jogada e marcando antes de Tarantini chegar. Os outros dois foram pelo campeonato nacional. Este foi disputado em quatro chaves de sete times onde os dois primeiros de cada uma se enfrentariam em mata-matas até a final, como Boca liderando a sua, apesar de não vencer o River – foram uma derrota por 2–3 e um empate em 2–2, neste com Maradona marcando os dois, empatando a partida no último minuto.10

Nas quartas-de-final, os boquenses enfrentaram o Vélez Sarsfield. Na Bombonera, em um tumultuado jogo de ida, em que os dois times terminaram a partida com nove jogadores, Maradona acabaria revidando uma das faltas que sofreu e foi suspenso pela comissão disciplinar da AFA. Seria seu último jogo oficial pelo clube do coração: o Boca acabaria eliminado pelo adversário na partida de volta.10 Maradona ainda participaria de amistosos em excursões do clube pelas Américas e Ásia antes de ser vendido para o Barcelona por uma transferência recorde de mais de 7 milhões de dólares acertada pouco antes da Copa do Mundo de 1982.13 Coincidência ou não, sem seu grande astro, o Boca só voltaria a ser campeão argentino onze anos depois.

Barcelona[editar]

Maradona chegou à Catalunha como um messias. O Barça vivia carência de títulos desde o final da década de 1950. Desde 1960, só conseguira vencer o campeonato espanhol em 1974. Via o rival Real Madrid se distanciar cada vez mais no ranking de vencedores e ainda sentia o Atlético de Madrid aproximando-se, com um título a menos. O clube fez de tudo para que seu astro se sentisse à vontade, contratando vários argentinos para servirem-lhe de assessores e funcionários. A estratégia não teria bons resultados: o craque acabou por fechar-se naquele círculo de convivências e demoraria a se adaptar no estrangeiro.13

Na primeira temporada, ele enfrentou o primeiro problema: em dezembro de 1982, sofre de hepatite e fica de fora dos campos por três meses.4 Os blaugranas terminam apenas em quarto; o título de 1982–83 fica com o Athletic Bilbao. Na Copa do Rei, porém, decide a final contra o Real Madrid, marcando nos dois jogos da decisão e é aplaudido de pé pela torcida do arquirrival após a vitória por 2–1 em pleno Santiago Bernabéu – na partida de ida, no Camp Nou, o Barcelona havia deixado o rival empatar após estar vencendo por 2–0.14

Mal inicia-se a segunda temporada e, num jogo contra o Athletic, sofre uma entrada bastante desleal do adversário Andoni Goikoetxea e fratura o tornozelo esquerdo. O astro levaria 106 dias para retomar o futebol. Quando volta, conduz os blaugranas ao caminho do título. No entanto, por um ponto, a taça fica justamente com o Athletic. Ambos os times decidem também a Copa do Rei, e um novo dia ruim contra a equipe basca (que vence por 1–0) faz Maradona surtar. Ele protagoniza uma briga generalizada entre os jogadores.4

Maradona, que já não tinha um relacionamento bom com a diretoria do Barcelona, é praticamente descartado por ela após receber uma suspensão de três meses em razão da confusão: a cúpula culé aceita a oferta do pequeno Napoli, da Itália. Desgostoso com o que julgou como falta de esforço do clube em defendê-lo nos tribunais, Maradona acatou a transferência,13 encerrando um ciclo de dois anos de altos e baixos no Camp Nou.15

Declararia em sua autobiografia, Yo Soy Diego, que o presidente Josep Lluís Núñez teria inveja de sua popularidade e era o principal responsável direto por sua saída.15 No livro, Maradona também apontou a coleção de fatores que o impediram de triunfar no Barcelona: desde a hepatite e lesões até gostar mais de Madrid. Ele também revelou que foi na Catalunha que começou seu relacionamento com as drogas. Aceitou a proposta do Napoli pois também estava arruinado financeiramente;16 chegou a doar a casa que tinha em Barcelona para pagar suas dívidas.13

Napoli[editar]

Cobrando pênalti pelo Napoli, clube onde viveu o auge de carreira

Embora tradicional, a equipe napolitana era minúscula. Seus troféus resumiam-se a títulos nas divisões inferiores e a duas conquistas na Copa da Itália. Maradona foi logo amado e venerado como um rei,1 chegando de helicóptero a um Estádio San Paolo tomado por torcedores que ainda custavam a acreditar. Ele, curiosamente, poderia ter chegado antes ao time: o clube o havia sondado em 1979, quando ainda estava no Argentinos Juniors, mas ele recusara a proposta na época. "Para mim, Napoli era apenas uma coisa italiana, como pizza", comentou.13

O espanto foi geral: a equipe mais vencedora do país, a Juventus, também estaria interessada, de acordo com a imprensa. Maradona terminou por escolher o clube celeste porque "foi o único a me fazer uma proposta real e porque o Giampiero Boniperti, ex-jogador e presidente da Juventus na época, já havia dito que um jogador com meu porte físico não chegaria a lugar algum". De acordo com as lendas, o presidente do Napoli, Corrado Ferlaini, teria blefado: depositou na federação italiana um envelope vazio, onde deveria estar o contrato do jogador, a fim de registrá-lo logo. Era o que ele precisava para ganhar tempo, enquanto a manobra era descoberta, para levantar o dinheiro para pagar o Barcelona.13

Cquote1.svg Fiz o que me recomendaram: falei "Buonasera, napoletani. Sono molto felice di essere con voi." e chutei a bola nas arquibancadas. Eles deliravam e eu não entendia nada 13 Cquote2.svg
— Maradona, sobre sua chegada apoteótica ao estádio do Napoli

Na primeira temporada, o clube ficou apenas em oitavo, mas somente dez pontos atrás do campeão Verona. Na segunda, a de 1985–86, conseguiu um terceiro lugar. Sua terceira temporada começou com ele já consagrado em todo o planeta, com a conquista da Copa do Mundo de 1986. Em setembro, porém, surge a primeira grande polêmica extracampo: sua ex-emprega doméstica, Cristina Sinagra, denuncia que Maradona é o pai do filho que ela teve. A paternidade é confirmada posteriormente na justiça. O filho, Diego Sinagra (também conhecido como Diego Armando Maradona Jr.), jamais seria assumido e os dois só teriam seu primeiro encontro em 2003.4

Ainda assim, é na temporada 1986–87 que Maradona dá ao Napoli seu primeiro título na Serie A, sobre a poderosa Juventus. A festa termina completa no clube e na vida pessoal: paralelamente, o Napoli é também campeão da Copa da Itália, e nasce sua filha Dalma (batizada com o mesmo nome da mãe de Diego).17 Na temporada seguinte, Maradona, com quinze gols, alcança a artilharia do campeonato. O vice-artilheiro é a sua dupla ofensiva, o brasileiro Careca – que fora para a equipe justamente para poder jogar ao lado de Maradona 18 –, com treze. O bi, porém escapa por três pontos: o título fica com o Milan de Marco van Basten e Ruud Gullit, que consegue a liderança em vitória direta, em plena Nápoles, quando os dois clubes enfrentaram-se na antepenúltima rodada.19 O clube rossonero tornar-se-ia o maior rival do Napoli pelos títulos italianos: a Juventus decaía com a aposentadoria de Michel Platini em 1987 e a Internazionale vivia certa carência. Na Copa dos Campeões da UEFA, o Napoli cai cedo: é eliminado pelo Real Madrid, primeiro adversário que enfrenta.

Na temporada 1988–89, o campeonato italiano vai surpreendentemente para a Inter de Milão, com a perseguição única do Napoli (único time na reta final com chances de tirar o título da Inter20 ) terminando em vão. O consolo fica por conta da Copa da UEFA: Maradona lidera o Napoli na campanha rumo ao primeiro título continental do clube. Nos mata-matas finais, o clube passa pela rival Juventus e pelo Bayern Munique até chegar na decisão, contra o Stuttgart. Os alemães são vencidos no embalo da dupla de Maradona com Careca: ambos marcam na vitória de virada no jogo de ida, em Nápoles, e seguram o empate na Alemanha Ocidental. Paralelamente, naquele ano ele casa-se em um estádio fechado com a namorada de infância, Claudia Vilafañe, e nasce Gianinna, sua segunda filha.17

1989–90 chega e o argentino novamente conduz o Napoli ao scudetto, com dois pontos de vantagem sobre o Milan. Maradona vivia o auge da carreira. A veneração em Nápoles em torno dele era tamanha que ele sentiu-se à vontade para convocar a população local para torcer pela Argentina, e não pela Itália, na Copa do Mundo de 1990, a ser realizada em solo italiano em semanas. Gerou enorme polêmica no resto do país, notadamente no norte, região dos times mais tradicionais, ressentidos com o sucesso meteórico do Napoli, que, por sua vez, era um clube de uma região historicamente desfavorecida no país. O presidente da federação italiana chegou a ir a público pedir que os cidadãos napolitanos torcessem pela Azzurra, e pesquisas de opinião foram feitas por jornais e revistas para calcular a que ponto Maradona conseguira influenciar Nápoles.5


Na Copa, Maradona liderou uma Argentina esfrangalhada ao vice-campeonato, mas eliminando a Itália nas semifinais, aumentando o rancor do resto do país.5 1990/91 signifar-lhe-ia um baque maior que a fratura em 1984 e as constantes pancadas no duro futebol italiano: novamente, o Napoli caiu cedo na Copa dos Campeões, na disputa por pênaltis contra os soviéticos do Spartak Moscou. Nada comparado ao que vem em março de 1991: seu exame antidoping após partida contra o Bari dá positivo para cocaína,4 escancarando o vício do astro nas drogas.
Maradona segue cultuado religiosamente em Nápoles

Ele, ligado por provas robustas com a Camorra, a máfia napolitana,5 foi suspenso do futebol por quinze meses. Entra em depressão e, no mês seguinte, em abril, é, sob efeito de drogas, preso em Buenos Aires pela polícia no bairro de Caballito.4